Fuja das dietas da moda e
adote um programa adequado para emagrecer
O planejamento de uma alimentação correta para
perda de peso deve ser individualizado, feito após avaliações clínica,
antropométrica e nutricional.
Por Cristiane Perroni Rio de Janeiro
Inúmeras “dietas” surgem diariamente,
muitas sem acompanhamento nutricional ou médico, sem comprovação científica de
sua eficácia e segurança ou preocupação com a manutenção da saúde. Dieta da
sopa, proteína, proteína “light”, sem glúten, abaixo de 1000 calorias, Índice
Glicêmico, papinha de bebê, Barriga zero e até jejum. Todas prometem
emagrecimento rápido.
Os riscos à saúde associados com
estes tipos de dietas são numerosos. Estudos demonstraram que a glicemia está
reduzida de forma importante em indivíduos obesos que são submetidos a jejum. O
jejum também produz níveis elevados de ácido úrico (com redução da eliminação
urinária), hipoglicemia, hipotenção e perda de massa muscular.
O peso corporal é dividido em dois componentes:
massa de gordura e massa magra (água, eletrólitos, minerais, reservas de
glicogênio, tecido muscular e ósseo, orgãos). A perda de peso deve ter como
objetivo a perda da massa de gordura e manutenção da massa muscular.O planejamento de uma “dieta” ou programa alimentar para
perda de peso deve ser individualizado, realizado após avaliação clínica,
antropométrica e nutricional de cada indivíduo. Estimulando e levando em conta
o exercício físico praticado. Exercício físico e controle alimentar são a base
da manutenção da saúde e de um peso saudável.
Posicionamento do American College of
Sports Medicine sobre programas para perda de peso:
1 - A ingestão calórica não deve ser
inferior a 1.200kcal por dia para adultos normais de modo a fornecer uma
seleção de alimentos que satisfaçam as necessidades nutricionais (estas
necessidades podem diferir para crianças, idosos, atletas e outros);
2 - Inclui alimentos que sejam
aceitos pelo indivíduo que se submete à dieta, do ponto de vista sociocultural,
respeitando ainda os seus hábitos, o seu paladar, o custo e a facilidade de
compra e preparo;
3 - O jejum prolongado e as dietas
que impõem restrições importantes à ingesta calórica são indesejáveis do ponto
de vista científico e podem ser perigosos do ponto de vista médico;
4 - O jejum e as dietas que
restringem de forma importante a ingestão calórica provocam perda de grandes
quantidades de água, eletrólitos, minerais, reservas de glicogênio e tecido
magro (incluindo proteínas contidas nos tecidos magros), com quantidades
mínimas de perda de gordura;
5 - Uma restrição calórica leve (500
a 1.000kcal menos do que a ingestão diária habitual) resulta em menor perda de
água, eletrólitos, minerais e tecido magro e menos provavelmente causará má
nutrição;
6 - O exercício dinâmico de grandes
grupos musculares ajuda na manutenção do tecido magro, incluindo a massa
muscular e a densidade óssea e resulta em reduções do peso corporal. A perda de
peso consequente a um aumento do gasto energético se dá principalmente na forma
de peso de gordura;
7 - A estratégia recomendada para
redução de peso envolve uma dieta nutricionalmente correta que provoca uma
restrição calórica leve, associada a um programa de exercícios de endurance,
junto com uma modificação comportamental envolvendo hábitos alimentares. A taxa de redução de peso não deve ultrapassar 1kg por semana;
junto com uma modificação comportamental envolvendo hábitos alimentares. A taxa de redução de peso não deve ultrapassar 1kg por semana;
Para manter um peso saudável e bons
percentuais de gordura corporal, é necessário um compromisso por toda a vida
com hábitos alimentares adequados e atividade física regular.